Santificação – Parte II (Vontade)
“Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se.” Apocalipse 22:11
Semana passada iniciei um pensamento sobre atitudes que dificultam nossa santificação. Dividi então o pensamento em três partes: nossa atitude quanto a razão, vontade e emoções. Hoje gostaria de continuar dizendo um pouco sobre nossa vontade.
Para nós é muito difícil fazer qualquer coisa contra nossa vontade. Ela funciona como um motor propulsor que impulsiona nossas ações. É muito comum quando conversamos com um peregrino desanimado perceber que sua vontade em prosseguir foi abalada. Como já comentei semana passada, não sei por onde se inicia o processo interno de esfriamento: se pela nossa razão ou vontade ou emoção. Mas quando uma dessas bases fica abalada o tripé perde sua firmeza e, mais cedo ou mais tarde, sucumbirá.
Vou dar um exemplo muito particular que talvez os que já tentaram emagrecer entenderão. Toda vez que minhas calças ficam apertadas sei que está na hora de fazer regime. Preciso cortar alguns excessos: diminuir o tamanho do meu prato no almoço, esquecer dos doces e encontrar na minha agenda tempo para fazer exercício físico. Enfim, preciso emagrecer. Agora o regime é absolutamente contra minha vontade. Fazer regime me deixa mau humorado e resmunguento. Sinto falta do chocolate, do sorvete e das guloseimas. Mas mesmo assim me esforço e consigo fazer regime. É interessante o que acontece comigo quando entro nesse processo. Já no dia seguinte estou me sentindo melhor. Talvez eu tenha perdido apenas 0,5 kg mas já me acho mais bonito. Passo a sentir o efeito do sacrifício e percebo que valeu a pena. Percebo que minha atitude me ajuda para determinar minha vontade. Descubro que meu problema não é o peso em si mas como lido diariamente com meus hábitos e costumes. Porque o problema excede a questão da estética e afeta pontos mais relevantes como o bem estar, a disposição e a saúde. Descubro afinal que minha vontade pode ser dominada por outra vontade maior.
Quando penso nesse tema percebo como somos facilmente enganados. Porque confundimos vontade com desejo. Esperamos que, como em um passe de mágica, nossa vontade de trilhar o caminho estreito e apertado do evangelho volte com o mesmo vigor de outrora. Mas a vontade significa muito mais do que querer; vontade nos fala de tomar as decisões certas, de agir corretamente. Não é por acaso que no dicionário palavras como “coragem” e “firmeza” são sinônimos para vontade.
Sendo assim o inimigo alcança grande vantagem dentro de nós. Ele nos acusa por não termos vontade em seguirmos ao Senhor. Com isso, ficamos muito sensíveis a falta de desejo e começamos a nos sentir diferentes dos outros achando que o problema está apenas em nós. Não percebemos que a verdadeira vontade não se baseia no desejo mas sim na obediência. E, como acontece geralmente com quem não quer fazer regime, preferimos estar em um lanchonete comendo uma coxinha cheia de gordura à estar na academia fazendo exercícios. Por isso, não é de se estranhar que uma das primeiras reações do nosso esfriamento espiritual é nos afastarmos dos irmãos. Alguns, se afastam porque se sentem culpados demais por não conseguirem sentir desejo. Pensam que são os únicos que precisam emagrecer e que todos os demais são esbeltos e saudáveis. Sentem-se como uma pessoa com obesidade mórbida no meio de modelos durante um desfile de moda. A outra reação, igualmente errada e ainda mais perigosa, é a aversão que criam pelos demais. A pessoa reconhece que ela não faz regime mas acha ridículo o esforço dos demais para emagrecer. Ela diz que prefere assumir suas gordurinhas à passar o resto da vida lutando pateticamente em perder algumas gramas como os outros na assembléia, mas que nunca perdem. E, em nome de uma sinceridade, se afasta vangloriado-se de que pelo menos é autêntica. Sua frustração pessoal é canalizada contra outros. Talvez seja porque o seu próximo funcione como espelho refletindo não o que ela deveria ser, mas do que ela deveria fazer.
Como disse anteriormente, hoje vejo que minha santificação depende mais da minha obediência do que do meu desejo. Como acontece quando faço regime, sei que não posso andar orientado pela minha vontade humana, mas sim pelo que é certo e saudável. E quando isso acontece, quando passo um dia na presença do Senhor submetendo-me à Sua vontade, sinto-me um pouco mais santo mesmo sendo um grande pecador.
“Não servindo à vista, como para agradar a homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus” Efésios 6:6
“Pois esta é a vontade de Deus, a vossa santificação.” I Tessalonicenses 4:3
Semana passada iniciei um pensamento sobre atitudes que dificultam nossa santificação. Dividi então o pensamento em três partes: nossa atitude quanto a razão, vontade e emoções. Hoje gostaria de continuar dizendo um pouco sobre nossa vontade.
Para nós é muito difícil fazer qualquer coisa contra nossa vontade. Ela funciona como um motor propulsor que impulsiona nossas ações. É muito comum quando conversamos com um peregrino desanimado perceber que sua vontade em prosseguir foi abalada. Como já comentei semana passada, não sei por onde se inicia o processo interno de esfriamento: se pela nossa razão ou vontade ou emoção. Mas quando uma dessas bases fica abalada o tripé perde sua firmeza e, mais cedo ou mais tarde, sucumbirá.
Vou dar um exemplo muito particular que talvez os que já tentaram emagrecer entenderão. Toda vez que minhas calças ficam apertadas sei que está na hora de fazer regime. Preciso cortar alguns excessos: diminuir o tamanho do meu prato no almoço, esquecer dos doces e encontrar na minha agenda tempo para fazer exercício físico. Enfim, preciso emagrecer. Agora o regime é absolutamente contra minha vontade. Fazer regime me deixa mau humorado e resmunguento. Sinto falta do chocolate, do sorvete e das guloseimas. Mas mesmo assim me esforço e consigo fazer regime. É interessante o que acontece comigo quando entro nesse processo. Já no dia seguinte estou me sentindo melhor. Talvez eu tenha perdido apenas 0,5 kg mas já me acho mais bonito. Passo a sentir o efeito do sacrifício e percebo que valeu a pena. Percebo que minha atitude me ajuda para determinar minha vontade. Descubro que meu problema não é o peso em si mas como lido diariamente com meus hábitos e costumes. Porque o problema excede a questão da estética e afeta pontos mais relevantes como o bem estar, a disposição e a saúde. Descubro afinal que minha vontade pode ser dominada por outra vontade maior.
Quando penso nesse tema percebo como somos facilmente enganados. Porque confundimos vontade com desejo. Esperamos que, como em um passe de mágica, nossa vontade de trilhar o caminho estreito e apertado do evangelho volte com o mesmo vigor de outrora. Mas a vontade significa muito mais do que querer; vontade nos fala de tomar as decisões certas, de agir corretamente. Não é por acaso que no dicionário palavras como “coragem” e “firmeza” são sinônimos para vontade.
Sendo assim o inimigo alcança grande vantagem dentro de nós. Ele nos acusa por não termos vontade em seguirmos ao Senhor. Com isso, ficamos muito sensíveis a falta de desejo e começamos a nos sentir diferentes dos outros achando que o problema está apenas em nós. Não percebemos que a verdadeira vontade não se baseia no desejo mas sim na obediência. E, como acontece geralmente com quem não quer fazer regime, preferimos estar em um lanchonete comendo uma coxinha cheia de gordura à estar na academia fazendo exercícios. Por isso, não é de se estranhar que uma das primeiras reações do nosso esfriamento espiritual é nos afastarmos dos irmãos. Alguns, se afastam porque se sentem culpados demais por não conseguirem sentir desejo. Pensam que são os únicos que precisam emagrecer e que todos os demais são esbeltos e saudáveis. Sentem-se como uma pessoa com obesidade mórbida no meio de modelos durante um desfile de moda. A outra reação, igualmente errada e ainda mais perigosa, é a aversão que criam pelos demais. A pessoa reconhece que ela não faz regime mas acha ridículo o esforço dos demais para emagrecer. Ela diz que prefere assumir suas gordurinhas à passar o resto da vida lutando pateticamente em perder algumas gramas como os outros na assembléia, mas que nunca perdem. E, em nome de uma sinceridade, se afasta vangloriado-se de que pelo menos é autêntica. Sua frustração pessoal é canalizada contra outros. Talvez seja porque o seu próximo funcione como espelho refletindo não o que ela deveria ser, mas do que ela deveria fazer.
Como disse anteriormente, hoje vejo que minha santificação depende mais da minha obediência do que do meu desejo. Como acontece quando faço regime, sei que não posso andar orientado pela minha vontade humana, mas sim pelo que é certo e saudável. E quando isso acontece, quando passo um dia na presença do Senhor submetendo-me à Sua vontade, sinto-me um pouco mais santo mesmo sendo um grande pecador.
“Não servindo à vista, como para agradar a homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus” Efésios 6:6
“Pois esta é a vontade de Deus, a vossa santificação.” I Tessalonicenses 4:3
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