quinta-feira, junho 29, 2006

A qual deles seguirei?

“... mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque no dia em que dela comeres certamente morrerás” Gênesis 2:17

Assisti ao filme “Código Da Vinci” obra homônima do livro escrito por Dan Brown. Como eu não acompanhei de perto a polêmica gerada pelo livro, decidi, por minha conta e risco, ir ao cinema conferir as bobagens e heresias inventadas. Confesso que, quando se descortinou a base do enredo, fiquei envergonhado de estar ali calado ouvindo todas aquelas afrontas a respeito de Cristo. O filme apresenta um Jesus incapaz de tornar-se o Salvador e Senhor da humanidade. O vilão chega a dizer: “quero revelar quem foi Jesus para o mundo, para que a humanidade fique livre”.

Esse ponto me impressionou porque acredito que nele se resume a maldição que caiu sobre toda a raça adâmica: “Porque estava nu tive medo e me escondi” (Gn 3:10). O homem caído deseja fugir de Deus. “O perverso não investiga. Que não há Deus, são todas as suas cogitações” (Sl 10:4). O homem escolheu a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal e não comeu da Árvore da Vida. Desde então anda em busca de alguma direção que o possa convencer da não existência divina. Está a procura de alguma coisa, qualquer coisa, aonde espera preencher o buraco causado pelo pecado. A partir da luta travada no Éden, a antiga Serpente, concentra seus esforços em distrair a humanidade afastando-a de Deus. Ninguém está neutro dessa terrível influência, nem mesmo a Igreja.

Se o “Código Da Vinci” é fajuto, o mesmo não posso dizer do “Código do Diabo”. Ele planta sinais, símbolos, vocabulário, hábitos visando trazer uma falsa liberdade ao homem. Olhando ao meu redor, consigo perceber vários desses códigos operando incessantemente sobre minha vida. Eles tentam produzir em mim um sentimento de independência de Deus. Me faz acreditar que tenho condição de governar a minha vida: “Eu sou o senhor do meu destino o capitão da minha alma” já disse algum poeta enganado pela mentira diabólica. Alguns sinais são claros, outros são evidenciados apenas através da implacável luz da íntima comunhão com o Espírito Santo quando ilumina o que é verdadeiro (Jô 16:3).

Fico pensando no povo de Israel. Deus fez sinais e prodígios libertando-os da escravidão de faraó. No deserto, estendeu uma nuvem que lhes servisse de toldo, e um fogo para os alumiar de noite. Pediram e ele fez vir cordonizes e os saciou com pão do céu. Fendeu a rocha, e dela brotaram águas” ( Sl 105:39-41). E apesar de todas as bênçãos, o povo teve saudades da comida do Egito (Nm 11:4-5). Foram enganados e seduzidos pelo terrível “Código do Diabo”. Eles se arrependeram de ter seguido a Deus. Buscavam uma liberdade sem Deus que jamais encontrariam. Pior do que o incrédulo que resiste à verdade, é o cristão que volta a ser enganado ( II Pedro 2).

Após assistir ao filme, fui tentado a criticar a cristandade. Afinal de contas, para que tanto empenho em provar que Jesus é Deus se, na prática, não o obedece como tal? Mas, tive que me render, e reconhecer que essa pergunta eu deveria fazê-la para mim. A minha vida tem sido coerente com qual desses caminhos? Tenho reconhecido apenas teoricamente a existência divina de Cristo? Estou disposto a abrir mão do meu futuro, da minha independência para sujeitar-me inteiramente ao Seu senhorio? O meu vigor, força e tempo proclamam qual desses caminhos? Jesus como Senhor ou Jesus como uma farsa? Em qual deles acreditarei? A quem seguirei?


“Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o.” I Reis 18:21